Por Kevin Buckland e Lilian Karunungan.
Na semana passada, os traders atribuíam uma probabilidade de aumento do juro nos EUA em 2016 semelhante à de uma disputa de cara ou coroa. Após a divulgação de uma série de dados econômicos fortes, eles veem duas chances em três de elevação.
Os rendimentos dos Títulos do Tesouro de dois anos, que são mais sensíveis à perspectiva para a política monetária do que aqueles com vencimentos maiores, atingiram o maior patamar em quatro meses. Os rendimentos sobre as notas de 10 anos se dirigiam ao quinto dia de avanço depois que a maior queda da libra desde o referendo do Brexit estimulou a demanda por ativos mais seguros.
“O Fed precisa se preocupar um pouco mais com o que está acontecendo nos EUA e menos com o cenário externo, e a economia está melhorando. Acho provável que estudem uma alta em dezembro”, disse John Gorman, chefe de negociação de taxas (exceto ienes) para a Ásia e o Pacífico da Nomura Holdings, dealer primário no Japão e nos EUA.
O índice Bloomberg Barclays U.S. Treasury Total Return caiu 0,8 por cento na semana até quinta-feira e caminhava para o maior declínio desde o período que terminou em 15 de julho. A probabilidade implícita do mercado de um aumento dos juros pelo Federal Reserve neste ano subiu de 51 por cento no início da semana passada para 64 por cento.
“A queda da libra certamente não pode ser ignorada”, disse Philip Wee, economista sênior de câmbio do DBS Group Holdings em Cingapura. “Esse tipo de evento abre espaço para que todos reflitam se devem se concentrar apenas nos EUA ou também ficar de olho no que acontece na Europa”, acrescentou, em referência à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.
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