Os Especialistas de Mercado da Bloomberg Vitor Martinez e Andre Lapponi contribuíram para a elaboração deste artigo.
O contexto
Anos de turbulência política e problemas econômicos pesam sobre o País. Aparentemente, há uma sólida recuperação econômica em curso, mas o quadro político ainda é relativamente instável.
Diante dessas questões, os títulos brasileiros ofereceram rendimentos elevados nos últimos anos para atrair investidores, mas, ainda assim, muitos preferiram distância e foram para outras praças. À medida que a recuperação se consolida e o risco parece diminuir, os títulos denominados em dólares emitidos por empresas brasileiras estão ficando mais atraentes.
“A emissão de títulos corporativos voltou a subir no Brasil e as empresas com classificação de crédito elevada têm opção de acessar os mercados de capitais de dívida”, afirmou Christian Egan, responsável por mercados globais e tesouraria do Itaú Unibanco Holding, em maio.
A questão
Análises com ferramentas Bloomberg sustentam essa visão ao mostrar o encolhimento dos spreads na curva de juros em dólar do Brasil. O custo de financiamento em dólares diminuiu mais de um ponto percentual para prazos de cinco anos ou mais, enquanto a curva de juros soberana dos EUA permaneceu praticamente inalterada.
O Tesouro Nacional aproveitou esse movimento em outubro e emitiu US$ 3 bilhões em títulos denominados em dólar com cupom de 4,625 por cento e vencimento em 13 de janeiro de 2028. A colocação abriu uma oportunidade para companhias brasileiras refinanciarem seus títulos em dólares com taxas menores e prazos mais longos. Comenta-se que a Eletrobras planeja uma nova emissão de títulos no mercado internacional.
Acompanhamento
Use ferramentas Bloomberg para criar um gráfico da curva de juros em dólar do Brasil, observar a queda dos rendimentos pagos por companhias com dívidas em dólares e acompanhar notícias sobre novas ofertas de títulos.
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