Reforma solar chinesa estimularia consolidação e venda de ativos

A enorme indústria de energia solar da China deverá encolher após os esforços do governo para limitar o crescimento da capacidade no maior mercado do mundo.

A decisão de suspender algumas novas aprovações de fábricas neste ano e de restringir o apoio financeiro a projetos acelerará fusões e aquisições entre as fabricantes, segundo Daniel Yang, analista da Daiwa Capital Markets Hong Kong. Alguns produtores podem inclusive vender ativos para levantar recursos para respaldar as operações diárias, segundo a Bloomberg New Energy Finance.

“A consolidação do setor irá acelerar entre as fabricantes de energia solar” e as empresas de serviços à medida que a demanda perder força, no segundo semestre deste ano, disse Yang. “Muitas empresas pequenas podem quebrar.”

A BNEF reduziu a projeção de instalações solares para este ano na China para 30 a 42 gigawatts, contra pelo menos 47 gigawatts estimados no início do ano. Os preços dos painéis solares caíram cerca de 15 por cento do início do ano até maio e podem recuar mais 20 por cento até o fim de 2018, segundo Yvonne Liu, analista da BNEF em Pequim.

A China, maior mercado de energia solar do mundo, busca enfrentar o excesso de capacidade e reduzir os pagamentos de subsídios após um recorde de instalações de 53 gigawatts em 2017. A nova política é mais um revés para as fabricantes após a aplicação de impostos aos painéis importados pelos EUA, em janeiro.

“A indústria pode ver os preços dos produtos solares recuarem rapidamente, portanto as fabricantes que produzem produtos baratos com custos mais altos podem fechar”, disse Louis Sun, analista da BOCOM International Holdings em Xangai.

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