Reino Unido perde milionários com Brexit, segundo Credit Suisse

Por Giles Broom.

O número de milionários no Reino Unido caiu 15 por cento, contabilizado em dólares, após a decisão do país de deixar a União Europeia, tomada em referendo, que sacudiu a libra e o mercado de ações, segundo relatório do Credit Suisse.

A riqueza familiar no Reino Unido teve um declínio de US$ 1,5 trilhão, ou 10 por cento, no período de 12 meses até junho de 2016, como “consequência direta” do referendo do Brexit, informou o segundo maior banco suíço em seu relatório anual de riqueza global, publicado na terça-feira.

“O Reino Unido teve um fim tumultuoso para o período 2015-2016, com fortes declínios da taxa de câmbio e do mercado de ações após a decisão de deixar a UE”, afirmou o Credit Suisse no relatório. “A perspectiva é bastante incerta, tanto para a economia quanto para a riqueza familiar.”

Os US$ 14 trilhões em riqueza privada do Reino Unido estão espalhados entre 49 milhões de adultos, dos quais quase 5 por cento possuem US$ 1 milhão ou mais. O resultado surpresa do referendo de 23 de junho ajudou a impulsionar um declínio de 15 por cento da libra neste ano e levou o mercado de ações local à sua maior queda em um só dia desde a crise financeira de 2008. Apesar de as ações terem se recuperado desde então, o país enfrenta incertezas políticas e econômicas devido às condições para a realização da separação.

O Japão foi o maior vencedor durante o período de 12 meses. A riqueza familiar subiu 19 por cento na terceira maior economia do mundo, para US$ 24 trilhões, impulsionada pela apreciação do iene em relação ao dólar. Nos EUA, a riqueza aumentou pelo oitavo ano consecutivo, para US$ 85 trilhões, segundo o relatório.

Japão, EUA e Alemanha responderam pelos maiores números de novos milionários, enquanto o número de pessoas em todo o mundo com US$ 1 milhão ou mais aumentou em 596.000, para 32,9 milhões. Os países com estimativa de registrarem as taxas de crescimento mais rápidas do número de milionários nos próximos cinco anos são China — 73 por cento –, Índia, Austrália e Canadá, segundo o relatório.

A riqueza mundial avançou 1,4 por cento, para US$ 256 trilhões, no período de 12 meses até junho, refletindo o crescimento econômico modesto, e deverá atingir US$ 334 trilhões até 2021, segundo o relatório.

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