Repsol estuda entrar no mercado mexicano de combustíveis: Fontes

Por Amy Stillman, Rodrigo Orihuela e Adam Williams.

A Repsol, maior petroleira da Espanha, estuda o incipiente mercado de combustíveis do México para decidir se deve abrir postos de gasolina no país, disseram pessoas familiarizadas com os planos.

A Repsol poderia tomar uma decisão já no mês que vem, disse uma das pessoas. Um assessor de imprensa da Repsol preferiu não comentar o assunto. Uma porta-voz da Comissão Reguladora de Energia do México (CRE) disse que alguns comissários se reuniram com a Repsol em fevereiro.

Se a ideia avançar, a Repsol estaria seguindo os passos de empresas como Exxon Mobil, BP e Glencore, que recentemente anunciaram planos de investir no mercado varejista de combustível do México, aproveitando as normas que possibilitam que outras empresas além da estatal Petróleos Mexicanos importem combustíveis, válidas desde abril de 2016.

A empresa com sede em Madri, que possui uma refinaria e uma rede de mais de 400 postos de gasolina no Peru, provavelmente se interessaria apenas por mercados onde possa ter uma participação de cinco por cento ou mais, disse uma das pessoas.

A abertura recente do setor de energia do México foi pensada para atrair investimentos e para promover a concorrência no mercado que antigamente era controlado pela Pemex. Contudo, a eliminação gradual de subsídios aos combustíveis neste ano também gerou insatisfação porque os preços nas bombas chegaram a subir 20 por cento em algumas regiões em janeiro.

Devido ao ritmo lento de aplicação das novas normas e aos obstáculos em termos de infraestrutura, as empresas continuariam dependendo dos dutos e dos terminais da Pemex para transportar e armazenar combustível e, em muitos casos, também para o fornecimento.

A Repsol tem tido uma relação conturbada com a Pemex, que vendeu uma participação de cerca de 8 por cento na empresa espanhola em 2014, avaliada em US$ 2,8 bilhões. A venda ocorreu após uma longa disputa entre os conselhos de diretores das empresas e a Pemex citou diferenças de governança corporativa como um dos fatores que levaram à briga, segundo um comunicado emitido na época.

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