Reservas internacionais representam problema para o peso

Por Ralph Cope.

O Banco Central do México não tem reservas internacionais suficientes para dar suporte ao peso, que neste mês alcançou a da sua maior baixa, superando 19 por dólar. Se eles tentarem intervir vendendo dólares, suas participações em moeda estrangeira podem escorregar e atingir um valor muito abaixo do que o FMI considera ideal para a proteção contra a instabilidade financeira.

O FMI considera como faixa ideal para as reservas internacionais do México um valor entre US$ 165 bilhões e US$ 170 bilhões, de acordo com um relatório de novembro de 2015. O esgotamento das reservas tem um custo em termos de como as agências de avaliação financeira percebem as vulnerabilidades externas do país.

Se o Banxico fornece qualquer apoio significativo para o peso precisará vender entre US$2 bilhões e US$2,5 bilhões por dia para 10 dias potenciais de negociação, entre agora e o final do ano. Isto se baseia na intervenção de emergência anterior do Banxico e a liquidez estimada no mercado de peso, de acordo com a pesquisa trienal do Bank of International Settlements de 2013.

Esse nível de intervenção reduziria as reservas, que estavam em US$177 bilhões em 27 de maio, para cerca de US$25 bilhões em 2016. Tendo em conta os dados desde 2000, o México, em média, adicionou mais US$ 1 bilhão por mês em reservas internacionais nos anos em que o peso ganhou contra o dólar e, por consequência, precisou de intervenção limitada do banco central.

Dessa forma, o México provavelmente adicionará cerca de US$ 7 bilhões em receitas de petróleo e emissões de dívida pública. Tendo em conta estes fluxos, o México terminará o ano com cerca de US$ 159 bilhões em reservas internacionais se tentar apoiar o peso. Isso é menos do que o recomendado pela avaliação métrica do FMI.
 
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O peso é a moeda com o pior desempenho no ano até 13 de junho, de acordo com dados da Bloomberg, com um declínio de 8,6 por cento..

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