Por Rob Urban.
A Ripple, empresa com sede em São Francisco que busca reconectar instituições financeiras com a tecnologia que sustenta o bitcoin, anunciou que o maior banco da América Latina em valor de mercado é um dos cinco novos clientes que passaram a fazer parte de sua rede internacional de transferência de dinheiro.
O Itaú Unibanco, do Brasil, o IndusInd Bank, da Índia, e um trio de empresas de remessas planejam usar o RippleNet, um serviço baseado em blockchain, informou a Ripple nesta quarta-feira. O sistema de mensagens e liquidação RippleNet agora conta com cerca de 100 clientes — incluindo muitos de mercados em desenvolvimento que tentam reduzir os custos das transferências de dinheiro.
“A oportunidade é maior nos mercados emergentes, que contam com grandes volumes de transações de baixos valores”, disse Patrick Griffin, vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios da Ripple. “Se custa US$ 50 transferir US$ 50, o modelo obviamente não funciona.”
As três empresas de remessas são a Beetech, do Brasil, a InstaReM, de Cingapura, e a Zip Remit, do Canadá. A concorrente consolidada da RippleNet é a Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, ou Swift, com sede em Bruxelas, que conecta mais de 11.000 instituições.
O RippleNet não usa o XRP, token digital que, segundo a Ripple, criaria eficiências ainda maiores nas transferências internacionais. A ideia era que o XRP servisse como moeda de ponte e liberasse os bancos dos custos e do incômodo de vincular o dinheiro a moedas diferentes em outros bancos. Mas, como as instituições têm relutado em adotar o token, a Ripple está se concentrando no RippleNet e ao mesmo tempo continua desenvolvendo e comercializando produtos baseados em XRP para uso futuro.
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