Safra recorde de soja sustenta moeda brasileira; preço FOB e mercado de futuros divergem

Por Julio Aparecido.

O contexto

O superávit comercial acumulado em 12 meses bateu recorde em maio, embalado pela exportação da enorme safra de soja. Por sua vez, o saldo comercial robusto fortalece a moeda brasileira, o que acaba afetando os preços porque as exportações de soja são cotadas em dólares.

Juntos, Brasil, Argentina e EUA são responsáveis por aproximadamente 90 por cento da produção mundial de soja. Os preços dos produtos exportados pelos três países tendem a caminhar juntos. Mesmo com a safra gigantesca e os estoques globais nos maiores níveis em registro, a expectativa é que a oferta não dê conta da demanda mundial.

“A demanda está ridiculamente boa”, disse Dale Durchholz, analista sênior de mercado da AgriVisor, em maio. “A economia mundial está melhorando e, à medida que a renda aumenta, os consumidores demandam mais carne, laticínios e ovos. Os operadores subestimaram a demanda quando focavam na enorme oferta.”

A questão

Os preços globais de soja derraparam em 17 de maio, com o estouro de mais um escândalo político no Brasil. Os preços vêm caminhando juntos desde então, incluindo as cotações FOB (free-on-board ou sem custos de frete e seguro) nos principais portos de exportação dos três grandes produtores. No entanto, ferramentas Bloomberg mostram que os preços futuros na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) caíram mais rápido, sugerindo uma visão mais pessimista do mercado de soja e da trajetória da moeda brasileira.

Acompanhamento

Use ferramentas Bloomberg para acompanhar o mercado de soja, incluindo o desconto entre os preços futuros e físicos.

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