Por Jungah Lee.
A Samsung Electronics revelará na segunda-feira que as baterias de tamanho irregular produzidas por uma afiliada provocaram o superaquecimento e os incêndios que acabaram forçando a descontinuação de sua linha de smartphones Note 7, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.
A maior fabricante de smartphones do mundo deverá anunciar os resultados de uma investigação sobre os incêndios que forçaram a companhia a cancelar seu aparelho mais caro no ano passado, um episódio que custou à Samsung um total estimado em mais de US$ 6 bilhões. A empresa coreana anunciará que a Samsung SDI produziu baterias que não se encaixavam adequadamente ao aparelho, o que gerava o superaquecimento, disse a pessoa, que preferiu não ser identificada porque os resultados da investigação não foram divulgados ao público.
A Samsung vem tentando reconquistar a confiança dos consumidores desde o fiasco do Note 7. A crise comercial mais aguda da empresa em seus 48 anos de existência começou com uma lista crescente de relatos de superaquecimento ou incêndios em aparelhos. Os problemas desencadearam um recall global, gerando vigilância regulatória e insatisfação pública ao redor do mundo. A Samsung acabou pedindo desculpas e cancelando a linha. A empresa contratou diversas agências de investigação, incluindo a UL, uma firma de testes e certificações com sede nos EUA, para descobrir o que deu errado.
O Wall Street Journal foi o primeiro a publicar matéria com os resultados da investigação. O jornal também citou fontes não identificadas que dizem que houve um problema de fabricação envolvendo baterias produzidas por outra fornecedora, a Amperex Technology, resultado de uma rápida aceleração da produção de telefones substitutos.
Um representante da ATL não respondeu a um telefonema para comentar o assunto fora do horário comercial regular. A Samsung preferiu não comentar imediatamente. Representantes da Samsung SDI não responderam aos telefonemas em busca de comentário fora do horário comercial.
A companhia afirma que está focada agora em aprender com seus erros no momento em que se prepara para lançar o próximo aparelho da linha Galaxy S, que ocorreria em março ou abril.
“Não devemos nos expor ao menor problema sequer na qualidade de nosso produto”, disse o co-CEO Kwon Oh-hyun durante seu discurso anual de ano-novo. “Vamos recuperar nosso orgulho melhorando os processos de fabricação e as inspeções de segurança.”
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