Notícia exclusiva por Cristiane Lucchesi.
Sete Brasil Participações, fornecedora envolvida no maior escândalo corporativo da história do País, espera obter US$ 4 bilhões em novos empréstimos para conseguir finalizar algumas plataformas, disse uma pessoa com conhecimento direito do assunto.
O empréstimo de bancos nacionais e estrangeiros já foi negociado e está em fase final de aprovação, disse a pessoa, que pediu anonimato porque as discussões são privadas.
Credores que já haviam emprestado US$ 3,6 bilhões para a Sete concordaram em não exigir pagamento até agosto e a empresa tenta estender o acordo “stand still” para outubro para evitar um calote, segundo a pessoa.
Sete Brasil foi criada há 5 anos pela Petrobras, o governo brasileiro, fundos de pensão e bancos para construir e depois alugar plataformas de perfuração de petróleo para a Petrobras.
Das 28 sondas que a Sete Brasil construiria, a ideia agora é construir 15, vender 4 e desativar o restante, segundo a pessoa.
O BNDES chegou a avaliar a concessão de um financiamento para a Sete, mas desistiu depois que o ex-diretor de operações da Petrobras, Pedro Barusco, deu testemunho, no ano passado, para a Operação Lava Jato da PF dizendo ter aceitado propinas em troca de garantia de contratos.
A Sete Brasil não confirma as informações, segundo e-mail de resposta à Bloomberg. “A empresa segue atuando em busca da viabilização de seu plano de reestruturação”, disse a empresa.
Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, parceira em algumas plataformas da Sete Brasil, foi detido pela polícia em 19 de junho. A empresa disse que a prisão foi desnecessária porque tanto empresa como seus executivos estão cooperando com as investigações.
A Sete Brasil, que também recebe financiamento de estaleiros, tem planos de levantar US$ 700 milhões em capital até outubro e um adicional de US$ 500 milhões nos próximos quatro anos para construir as plataformas, de acordo com a pessoa.
Acionistas e credores buscam investidores na Ásia, segundo a pessoa.
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