Por Pablo Gonzalez, Fabiana Batista e Jonathan Gilbert.
A Royal Dutch Shell escolheu sua joint venture com a gigante brasileira do açúcar e dos combustíveis Cosan como ofertante vencedora por seus ativos de refino e distribuição de produtos na Argentina, segundo três pessoas com conhecimento direto das negociações.
A Raízen Combustíveis, dividida em partes iguais pelas parceiras Cosan e Shell, atualmente negocia os últimos detalhes da transação avaliada entre US$ 1 bilhão e US$ 1,1 bilhão, disseram duas pessoas, que pediram anonimato por discutirem negociações em andamento.
No caso da Raízen, maior produtora de açúcar e etanol do mundo e segunda maior distribuidora de combustíveis do Brasil, a aquisição de uma refinaria em Buenos Aires e de cerca de 600 postos de gasolina é um passo estratégico da expansão planejada pela América Latina, disseram duas pessoas. A Shell, que trabalha com o Credit Suisse no desinvestimento na Argentina, deu preferência à oferta da Raízen em relação à proposta do grupo chileno Luksic.
“Não se chegou a nenhuma conclusão” na revisão da Shell aos negócios downstream na Argentina, o que inclui a recepção de ofertas de terceiros, disse Kimberly Windon, porta-voz da Shell, em resposta a perguntas enviadas por e-mail.
O Credit Suisse e a Luksic não responderam imediatamente a telefonemas e e-mails em busca de comentários. A Raízen preferiu não comentar.
A Shell colocou os ativos à venda no início do ano em meio a um plano de desinvestimento de US$ 30 bilhões para reduzir dívidas após a aquisição da BG, a maior da história da empresa, no ano passado.
O acordo, cuja conclusão demorará pelo menos até janeiro, segundo duas pessoas, exigirá aprovação regulatória.
Criada em 2011, a Raízen controla mais de 6.000 postos de combustíveis com bandeira Shell e distribui cerca de 25 bilhões de litros de combustível no Brasil, o que representa cerca de um quarto do mercado, segundo o website da empresa.
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