Por Mikael Holter.
Norueguesa Statoil vai comprar uma participação de 25% no campo de petróleo Roncador que pertence à Petrobras por até US$ 2,9 bilhões, intensificando uma aposta no Brasil como seu maior motor de crescimento depois da Noruega.
Statoil fará um pagamento inicial de US$ 2,35 bilhões e até US$ 550 milhões em transferências contingentes para o campo da Bacia de Campos, que ainda possui recursos recuperáveis de mais de 1 bilhão de barris de óleo equivalente após produzir desde a década de 1990. A Petrobras deterá 75% e permanecerá como operadora do campo, que no mês passado extraiu 240.000 barris de óleo e o equivalente a 40.000 barris de gás por dia.
Negócio consolida o Brasil como o núcleo da estratégia de crescimento internacional da Statoil para os próximos anos. A estatal de petróleo norueguesa aproveitou os preços mais baixos dos ativos durante a queda do petróleo para formar sua posição, começando com a aquisição de US$ 2,5 bilhões, no ano passado, de uma participação em Carcará, na Bacia de Santos. A Statoil opera o campo de Peregrino e tem participação em outra descoberta de bilhões de barris na Bacia de Campos.
“Esta transação agrega material e produção de longo prazo atrativa ao nosso portfólio internacional, fortalecendo ainda mais a posição do Brasil como área central para a Statoil”, diz Eldar Saetre, presidente da Statoil no comunicado. A aquisição quase triplicará a produção da Statoil no Brasil para cerca de 110.000 barris de óleo equivalente por dia.
Aumento da Recuperação
As empresas identificaram medidas para aumentar os volumes recuperáveis remanescentes em Roncador para pelo menos 1,5 bilhão de barris de óleo equivalente. Elas também aplicarão técnicas de aumento de recuperação em outros campos no Brasil
Como parte do acordo em Roncador, a Statoil também terá a opção de usar o terminal de gás natural Cabiúnas, da Petrobras, no desenvolvimento do bloco BM-C-33, que contém a descoberta Pão de Açúcar.
A data de efetivação do acordo sobre Roncador é 1 de janeiro de 2018. Conclusão está sujeita a certas condições, incluindo a aprovação do governo. Presidentes da Petrobras, Pedro Parente, e da Statoil, Eldar Saetre, assinam o acordo nesta segunda-feira, em Oslo.
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