Por Vinícius Andrade.
As ações da CSN, que registram a melhor performance entre as ações do Ibovespa neste ano, têm amplo espaço para avançar com os preços elevados do minério de ferro e o progresso da empresa em seu processo de desalavancagem, segundo o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, em entrevista.
A CSN continua a perseguir a venda de seu ativo na Alemanha, segundo Steinbruch, que acrescentou que “está tudo pronto” para o streaming da mineração. Em fevereiro, a empresa anunciou o contrato de fornecimento no valor de US$ 500 mi com a Glencore.
“Os preços de minério vão estar firmes neste ano, pela falta de minério de qualidade e pelo corte de produção no Brasil e na Austrália”, disse Steinbruch. Ele vê o preço médio do mineiro entre US$ 80 e US$ 90 por tonelada no ano. Os preços globais do minério de ferro atingiram máximas plurianuais, após o colapso da barragem da Vale em Brumadinho e após mineradoras na Austrália sinalizarem menor produção depois de um ciclone.
Steinbruch ainda disse que a relação dívida líquida/Ebitda da CSN cairá para 2,5 vezes neste ano, como consequência dos desinvestimentos.
“A ação estava muito penalizada pela alavancagem, com o mercado não acreditando que eu vendo as coisas. Mas nós vamos continuar vendendo os ativos”, disse Steinbruch. “Quero deixar a CSN resolvida neste ano. A hora que o mercado aceitar essa nossa determinação, a gente tem espaço para dobrar outra vez.”