Taxas elevadas superam entrave da votação das Farc e fortalecem moeda

Por Ralph Cope.

O carry trade nos mercados emergentes está de volta no cruzamento entre peso colombiano e dólar.

Mesmo com uma brutal venda, significando ter sido a pior performance cambial nos mercados emergentes em outubro, o peso ainda está no caminho para apresentar o melhor ano em uma base de retorno total contra o dólar desde 2012. As vendas foram incentivadas pelos eleitores colombianos rejeitando o acordo de paz das FARC em 2 de outubro.

A moeda poderia encerrar o ano como a única das seis moedas de mercados emergentes a apresentar retornos totais de dois dígitos ante o dólar. As outras são o real, o rublo russo, o rand sul-africano, o peso chileno e a rúpia indonésia.

Um dos atrativos do peso colombiano são as taxas de juros mais altas. As taxas de juros implícitas de um mês do peso subiram quase 64% nesse ano, até 31 de outubro, a maior alta na América Latina. As taxas estavam 109% maiores no fim de junho, mas declinaram desde então, indicando que a série de ganhos pode estar chegando ao fim.

Outras razões que têm sido tradicionalmente associadas a um peso mais forte tiveram menos impacto nesse ano. Muito tem sido feito com sua correlação com o petróleo, e ainda assim, os preços do petróleo no acumulado do ano têm estado relativamente estáveis. Os fluxos nos portfólios, enquanto isso, estiveram negativos nos seis meses, até o fim de junho, a US$ 3,2 bilhões.

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