A GE pode se tornar a Amazon de big data e análise do setor industrial?
A General Electric e a Caterpillar estão entre as empresas do setor industrial cada vez mais focadas na oferta de serviços de big data e análise, na busca da próxima fronteira de crescimento de venda e margem. Isso se assemelha à mudança da Amazon para a computação em nuvem alguns anos atrás, o que tumultuou toda a indústria de tecnologia. A GE pretende se tornar uma das 10 maiores empresas de software, elevando sua receita anual de software de 5 para 15 bilhões de dólares até 2020. Esses esforços vão gerar mais concorrência para gigantes de tecnologia, como IBM e SAP.
A GE-Honeywell, entre as indústrias que buscam crescimento de big data, lucra
Gigantes da indústria têm investido em software e análise para otimizar os processos de manufatura e o desempenho dos ativos, reduzir os custos dos produtos, melhorar a qualidade e evitar períodos de inatividade não planejados. A General Electric e outras empresas estão se mexendo rapidamente para ampliar esses recursos como um negócio independente para gerar receita de serviços de alta margem. Uma população de produtos e máquinas “inteligentes” em franco crescimento está sendo complementada por software e análise usados no chão de fábrica e nos produtos acabados.
GE, Siemens e Caterpillar podem aumentar a concorrência para IBM e SAP
O maior foco das empresas industriais em big data e análise pode levar ao aumento da concorrência para as empresas de tecnologia, entre elas IBM e SAP. Gigantes da indústria, como General Electric, Siemens e Caterpillar, estão criando produtos de big data que podem comercializar para outras empresas industriais. O IDC estima que a receita global da Internet das Coisas para mercados verticais de manufatura, transporte, recursos e serviços de utilidade vai crescer 16% ao ano, atingindo 517 bilhões de dólares, sendo a manufatura o maior mercado vertical, com cerca de 18% de gasto.
Redução dos custos de armazenamento de dados ajuda plataformas na nuvem como a Predix da GE
A redução dos custos de armazenamento de dados e sensores tem sido um importante motivador do crescimento do big data. O custo para armazenar um terabyte de dados caiu 72%, de 1.438 dólares em 2010 para 402 dólares em 2014. A redução dos preços dos sensores possibilitou que as empresas os adicionassem aos seus produtos principais, desde lâmpadas até motores de avião. Os dados que emanam desses sensores permitiram que empresas como GE criassem plataformas na nuvem, como a Predix, que ajudam os clientes a organizarem e usarem esses dados para tomar decisões.
Os riscos abundam à medida que as gigantes da indústria abraçam o big data e as análises
A cibersegurança e a privacidade de dados estão entre os desafios que as indústrias enfrentam à medida que abraçam o big data e a nuvem. A proteção de dados proprietários deve ser uma das principais prioridades dos prestadores desses serviços. A compatibilidade com os sistemas legados e entre os equipamentos e a falta de padrões no setor são alguns problemas. As dificuldades que atraem os programadores para o setor industrial podem desacelerar o crescimento ou demandar mais terceirização. O tempo vai dizer se a opção da GE e da Honeywell de abraçar as plataformas proprietárias de código aberto para acelerar o desenvolvimento foi a escolha certa.
A abordagem da indústria em software tem várias frentes: fusões e aquisições, joint ventures e pesquisa e desenvolvimento
As indústrias estão seguindo vários caminhos para acelerar suas ofertas de big data e análise, entre eles desenvolvimento interno, parcerias e fusões e aquisições. A GE anda contratando agressivamente, sendo que 10 entre 11 de seus executivos de tecnologia foram contratados de empresas de software como Oracle, Cisco e Microsoft. A GE desenvolveu internamente a Predix, uma plataforma aberta, e a plataforma Niagara da Honeywell resultou da compra da Tridium em 2005. A Caterpillar estabeleceu uma divisão interna, além de criar um fundo de investimento em tecnologia.