Tecnologias verdes ganham impulso de capital de risco da UE

Por Anna Hirtenstein.

As tecnologias verdes, como painéis solares e projetos que transformam lixo em eletricidade, estão recebendo o incentivo dos fundos de capital de risco, que ampliaram seus investimentos em energia limpa ao ritmo mais rápido em nove anos em 2016.

Os fundos de capital de risco injetaram US$ 834 milhões no setor de energia limpa no ano passado, terceiro aumento anual consecutivo e o maior desde que a Bloomberg New Energy Finance começou a coletar os dados, em 2004. Pelo segundo ano, o capital de risco para projetos verdes superou o de private equity, que atingiu o nível mais baixo desde 2004, pelo menos.

Os números mostram que alguns dos gestores de fundos mais aventureiros estão retornando à indústria verde após serem empurrados para fora por investidores mais gerais nos últimos cinco anos. As empresas de capital de risco e de private equity destinaram US$ 3,8 bilhões principalmente a projetos eólicos e solares em 2010, depois deixaram o setor quando fundos de pensão e fundos mais gerais começaram a financiar projetos e a reduzir o potencial de lucro.

Agora, as empresas de capital de risco, especialmente, estão retornando aos projetos verdes, focando em investimentos de nicho com riscos maiores e escalas menores do que os preferidos dos fundos comuns. Veja os alvos de alguns fundos de capital de risco e de private equity:

– Oxford Capital Partners: a empresa de capital de risco investiu 300 milhões de libras (US$ 374 milhões) em energia solar, baterias e digestão anaeróbica.

“O futuro não é cobrir campos com painéis solares”, disse Oliver Hughes, sócio do fundo com sede em Oxford, no Reino Unido, em entrevista. “Será colocá-los em telhados bem grandes.”

– Terra Firma Capital Partners: a firma fundada pelo franco financista Guy Hands instalou 1,7 gigawatts de energia solar e energia eólica, entre outros negócios, em um total avaliado em US$ 2,8 bilhões.

Embora as energias solar e eólica continuem sendo o foco, a Terra Firma está buscando retornos maiores fora da Europa, disse Ingmar Wilhelm, assessor sênior e presidente do conselho de sua unidade solar na Itália.

“A Europa Ocidental é um capítulo fechado”, disse Wilhelm. “As adições na Europa Ocidental estão em queda, o que é mais que compensado pelas oportunidades na África, na Ásia e na América Latina.”

– Zouk Capital: a firma de capital de risco com sede em Londres está focando em investimentos em eficiência de recursos, da energia à água.

A Zouk estuda projetos de transformação de lixo em energia, baterias, biogás e estações de recarga de veículos elétricos, segundo o sócio de investimento Massimo Resta.

– Octopus Investments: a empresa do Reino Unido, que investe em energias solar e eólica, empregou 2 bilhões de libras no setor.

Embora ainda esteja ativa nos setores eólico e solar, a Octopus também está trabalhando com fundos de pensões para combinar passivos e projetos, transformando os fluxos de caixa estáveis das vendas de energia limpa em retornos estáveis, segundo Matt Setchell, chefe de energias renováveis da firma.

Entre em contato conosco e assine nosso serviço Bloomberg Professional.

Agende uma demo.