Transição da LIBOR: o que as empresas farão a partir de agora?

A transição da LIBOR se aproxima rapidamente à medida que as empresas se preparam para a suspensão de todos os novos negócios com a LIBOR até o fim de 2021. Reguladores, preocupados com a lenta adoção de novas taxas, enviaram muitas orientações e esclarecimentos sobre sua postura e expectativas regulatórias. Embora agora esteja razoavelmente claro o que as empresas precisam fazer para adotar as taxas alternativas à LIBOR, ainda há algumas complicações e desafios.

Como acompanhar a transição da LIBOR?
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Gestão da transição de contratos antigos

Instituições financeiras e empresas têm algumas preocupações fundamentais enquanto se preparam para as novas taxas livres de risco (RFRs) e produtos. Para começar, as empresas estão buscando mais clareza sobre como trabalhar com posições antigas que migrarão para taxas alternativas de duas formas — antes da descontinuação da LIBOR por uma transição ativa, ou ao término da LIBOR por uma cláusula de fallback ou pela LIBOR ‘sintética’ nos casos antigos mais complicados.

A gestão da transição de posições antigas pode ser complexa e onerosa e varia de acordo com o produto e a moeda. Uma maneira que as empresas podem resolver e substituir posições antigas é reunir pacotes de negócios por moeda ou por contraparte. Outro ponto a considerar na transição ativa de portfólios é o risco da taxa de juros e possíveis desvantagens contábeis entre empréstimos, títulos e hedge de derivativos. Este é um fator importante que determina quais empresas escolhem a transição ativa ou a dependência de fallbacks. Para ajudar a tomar decisões sobre as transições de portfólio, as empresas precisam realizar análises de cenário, inclusive considerar os impactos de atualizações de curva de desconto, reformulações de negociações e possíveis resultados de fallback.

Gestão do espectro de novas taxas

Embora a abordagem de posições antigas seja crítica, este é um problema transitório. As empresas estão avaliando suas opções e tentando entender o espectro de taxas alternativas disponíveis à medida que se afastam do uso da LIBOR. Entre as taxas alternativas disponíveis estão as taxas compostas retroativas (e as várias convenções em desenvolvimento no mercado), e as taxas prospectivas ou sensíveis ao crédito
Durante o webinar , “IBOR Transition for Corporations: Key Themes”, a Bloomberg perguntou para mais de 100 profissionais de tesouraria corporativa, de finanças e de gestão de risco, qual seria a sua abordagem para posições antigas da LIBOR e para utilização de taxas alternativas. No geral, mais de 90% dos participantes da pesquisa destacaram a necessidade de taxas prospectivas. Esta demanda parece ser motivada em grande parte por aspectos práticos como maior garantia de retorno de fluxos de caixa (71%), conveniência de liquidação (52%) e facilidade de manutenção nos sistemas atuais. Apenas 38% dos participantes responderam que precisam de taxas prospectivas, pois refletiriam melhor as taxas de empréstimos. Isto indica que as principais preocupações são em torno da mecânica de compounding em cálculos de atrasos e da prontidão de sistemas.

Compreensão da necessidade de dados

Dado o crescente universo de novas taxas e convenções, uma das perguntas mais comuns é “quais são os dados que precisamos?” Cada vez mais, a Bloomberg ajuda os clientes a integrar novos dados aos sistemas existentes por meio de suas soluções de risco e de cálculos. E, com base nos comentários e discussões com os participantes do mercado, os novos requisitos de dados que a Bloomberg considera incluem: dados de derivativos, dados de curva de rendimento e campos de cálculo para as novas taxas alternativas, além de dados de fallback da LIBOR de ativos e derivativos.

Atualização de sistemas

Para completar a transição da LIBOR, as empresas precisam atualizar recursos de sistemas para garantir que estão utilizando os dados certos para produtos à vista e de derivativos, e que podem lidar com as novas taxas, cálculos e metodologias de avaliação.

Preparar os sistemas é vital para a transição de posições antigas e a negociação de novos produtos. Novas negociações precisam ser acomodadas por sistemas de gestão de risco, gestão de tesouraria e liquidação o mais rápido possível.

Ainda há algum caminho a percorrer, pois cerca de 40% dos entrevistados disseram ver que seus sistemas terão apenas uma capacidade limitada, ou nula, de lidar com substituições para a LIBOR até o fim deste ano.

Para fazer a transição, as empresas precisam garantir que seus sistemas e ferramentas de gestão de risco operem efetivamente. As empresas precisam ser capazes de confiar em fornecedores e soluções que suportem suas necessidades de transição da LIBOR, ao mesmo tempo em que se preparam para um mundo pós-LIBOR. A Bloomberg se manteve à frente dos acontecimentos do mercado, e fornece um conjunto abrangente de soluções que ajudam tesourarias corporativas a garantir que estejam bem posicionadas para o fim da LIBOR.

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