UE impõe tarifas ao aço laminado a quente do Brasil, 3 países

Por Jonathan Stearns.

A União Europeia atingiu a Rússia, Ucrânia, Brasil e Irã com a aplicação de tarifas antidumping por cinco anos sobre um tipo de aço conhecido como bobina laminada a quente, expandindo a proteção para produtores da UE, como Thyssenkrupp AG, depois que a China foi alvo de impostos similares.

As taxas do direito definitivo de até 96,50 euros (US$ 113) por tonelada métrica punem os exportadores dos quatro países por supostamente venderem bobinas laminadas a quente na UE abaixo do custo, uma prática conhecida como dumping. O mercado da UE para este tipo de aço, uma matéria-prima usada em tudo, desde carros até construção, equivale a cerca de 10 bilhões de euros.

As taxas que serão aplicadas sobre exportadores russos são de até 96,50 euros por tonelada, com o PJSC da Magnitogorsk Iron & Steel com a taxa máxima, sendo que a Novolipetsk Steel PJSC está sujeita a uma imposição de 53,30 euros e Severstal PJSC enfrentará uma taxa de 17,60 euros. O Grupo Metinvest, da Ucrânia, terá uma taxa de 60,50 euros por tonelada; os exportadores brasileiros terão a aplicação de uma taxa máxima de 63 euros, que é o nível estabelecido para Usiminas; e Mobarakeh Steel , do Irã, tem uma taxa de 57,50 euros.

Produtores da UE, que também incluem ArcelorMittal, tiveram “estrago material” como resultado de importações objeto de dumping de bobinas laminadas a quente da Rússia, Ucrânia, Brasil e Irã, disse a Comissão Europeia, o braço executivo do bloco de 28 países em Bruxelas, nesta sexta-feira no seujornal oficial. A comissão anulou a sua prática habitual de aplicar os direitos ad valorem a favor de montantes fixos em euros por tonelada; a taxa de 96,50 euros na Magnitogorsk equivale a uma taxa de 33%.

Proteção Comercial

Os direitos anti-dumping são o resultado de uma investigação iniciada em julho de 2016 que também abrangia a Sérvia, que está sendo poupada da proteção comercial da UE. Os impostos contra os quatro outros países entrarão em vigor no sábado e seguirão os direitos antidumping da UE de cinco anos impostos em abril à bobina chinesa a quente, que está sujeita a taxas de até 35,9%.
Os exportadores russos, ucranianos, brasileiros e iranianos de bobinas a quente expandiram sua participação combinada no mercado da UE para 12,6% nos 12 meses até meados de 2016, de 7,5% em 2013, de acordo com a comissão.

Ao longo do período, a participação do Irã subiu para 3,3% e a participação do Brasil cresceu para 1,8% por cento de uma fatia praticamente zero, enquanto a Rússia ampliou sua fatia para pouco acima de 4% e a Ucrânia expandiu para 3,2%, de 2,8%.

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