Usando modelagem avançada de risco para desbloquear insights críticos e otimizar portfólios

Por Antonios Lazanas, chefe de portfólio e pesquisa de índices da Bloomberg.

A modelagem de risco moderna não se trata de apenas monitorar risco. Claro, especialistas na gestão de risco utilizam técnicas de modelagem sofisticadas para garantir que portfólios não estejam vulneráveis a perdas imprevistas após mudanças nos mercados. Estes modelos, porém, também podem ser um componente fundamental do arsenal de um gerente de portfólio ao longo de todo o processo de investimento, fornecendo as ferramentas que permitem a construção cuidadosa do portfólio, de olho nos riscos que podem ser assumidos para atingir os retornos esperados almejados.

O processo de construção de portfólio exige precisão no controle de risco a todo momento e em diferentes circunstâncias, o que gera uma série de desafios. Gerentes de portfólio geralmente empregam modelos de risco tradicionais que não levam em consideração seus horizontes de investimento específicos, e não permitem que respondam com precisão às mudanças do mercado. Além disso, estes modelos genéricos tendem a fazer com que gestores de portfólio subestimem o risco de seus portfólios otimizados e o risco de emissor específico, enquanto superestimam o risco de fator.

Como resultado, gerentes de portfólio tendem a utilizar modelos de risco personalizados especializados para construção de portfólio, muitas vezes inconsistentes com os modelos de risco usados para gestão de risco, resultando em ineficiência operacional.

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Horizonte de investimento: não há uma panaceia

Não deve ser surpresa que o risco varie com o horizonte de investimento. Em meio a uma crise de mercado, o risco de curto prazo é bastante alto, mas investidores de longo prazo sabem que as flutuações de qualquer crise irão, em grande parte, desaparecer. Gestores de hedge funds que reequilibram seus portfólios diariamente (ou até mesmo no intraday) necessitam de um modelo de risco que represente o estado atual do risco no mercado. Por outro lado, gestores de fundos de pensão necessitam de um modelo de risco que englobe tanto os riscos de curto prazo para fins de gestão de risco, quanto de longo prazo, para construção de portfólio.

Gestores de longo prazo que deixam de levar em conta a propriedade de reversão à média do risco em horizontes longos podem reagir de forma exagerada e reduzir o risco da carteira de forma precipitada, potencialmente prejudicando seus retornos de longo prazo.

Capacidade de resposta às mudanças do mercado

Embora a premissa de qualquer modelo de risco seja o entendimento de que a volatilidade passada é um bom prognóstico de volatilidade futura, há diversas situações em que a volatilidade do mercado muda rapidamente. Para que um modelo de risco seja suficientemente responsivo em tais situações, deve aplicar uma pequena janela de lookback para estimar a volatilidade passada. Infelizmente, janelas de lookback curtas captam muito ruído, o que pode sobrecarregar as estimativas de risco e produzir informações enganosas.

Modelos de risco tradicionais buscam resolver este problema utilizando janelas de lookback de duração intermediária, atingindo um meio-termo entre estimativas ruidosas e capacidade de resposta. Estes modelos tendem a subestimar o risco de curto prazo no início de uma crise de mercado.

Subestimando os riscos de portfólios otimizados

Outra deficiência comum vem à tona durante a construção de portfólio por meio de otimização, um processo que busca eliminar fatores indesejados e expor fatores com retornos esperados positivos. Este exercício requer uma medição precisa das relações de risco entre pares de fatores. No entanto, há mais de um milhão de pares de fatores em um modelo de risco multiativos, tornando a estimativa das relações de risco algo complexo.

Estimativas precisas são essenciais na gestão de risco, mas o ruído que esse processo apresenta distorce a relação de risco entre certos pares de fatores, com certas combinações de fatores apresentando risco mínimo ou até mesmo zero. Este ruído pode levar a uma grave subestimação de risco.

Diferenciando o risco sistemático do específico ao emissor

Enquanto macrogerentes se concentram na seleção de fatores, gestores de portfólios fundamentais buscam selecionar os emissores que esperam ter desempenho melhor do que o mercado. Buscam minimizar o risco de fator e maximizar o risco específico ao emissor em seus portfólios. Modelos de risco tradicionais tendem a superestimar o risco de fator e subestimar o risco específico ao emissor.

Como resultado, gerentes fundamentais podem cobrir mais riscos do que o necessário, comprometendo seus retornos. Por outro lado, macrogerentes podem estar expostos a um risco específico ao emissor mais alto do que o indicado por seu modelo de risco.

Recuperando a confiança dos profissionais de investimento

O resultado destas deficiências é que muitos gerentes não depositam sua total confiança em seu modelo de risco, especialmente nos momentos e situações em que mais precisam. Criar um modelo que trate de todas estas questões é uma tarefa difícil, mas a Bloomberg fez exatamente isso.

O modelo MAC3, agora disponível no Terminal Bloomberg, utiliza os dados e insights líderes do setor da Bloomberg para encontrar sinais de movimentos de mercado de curto prazo e ajusta os modelos de acordo, em linha com o horizonte do modelo escolhido pelo investidor. MAC3 aumenta as estimativas de risco corretamente em uma crise, mas também as diminui de forma adequada conforme os eventos se dissipam, possibilitando que os investidores assumam uma medida adequada de risco, e assim otimizando retornos. MAC3 também separa adequadamente risco de fator e risco específico ao emissor, atendendo tanto a investidores macro quanto a investidores fundamentais. Por fim, o modelo combina precisão com potência, sendo assim apropriado para uso ao longo de todo o ciclo de investimento, da construção de portfólio à gestão de risco.

Em um momento de crescente competição e taxas apertadas, um modelo confiável oferece mais do que apenas um prognóstico de risco preciso, também fornece insights decisivos que permitem aos gerentes visar portfólios otimizados, em linha com o horizonte de investimento e visões do mercado.

Quando gerentes podem confiar em seus modelos, também podem delegar decisões a eles, direcionando suas operações no caminho da automação, obtendo economias significativas de custos e garantindo abordagens consistentes para a tomada de decisões no portfólio, monitoramento de risco e comunicação com o cliente.

MAC3 é parte integrante das ofertas da Bloomberg para o buy-side. As Soluções de Buy-Side da Bloomberg oferecem suporte a todo o ciclo de vida do investimento – de pesquisa e geração de ideias, portfólio, gestão de risco, gestão de ordens e execução, à pós-negociação e operações, compliance e supervisão de risco, bem como tecnologia e gestão de dados

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