Por Karin Matussek.
Um grupo de defesa do consumidor da Alemanha processou o WhatsApp, que pertence ao Facebook, em um tribunal de Berlim devido às cláusulas que permitem que o serviço de mensagens recolha e transfira dados de usuários entre as plataformas.
A ação judicial contesta os termos de privacidade alterados pelo WhatsApp em agosto, que permitem que a empresa transfira alguns dados para a rede social Facebook, informou a VZBV em comunicado, na segunda-feira. Cada consumidor deve poder decidir por conta própria quais dados pessoais são revelados e como são usados, afirma o grupo.
“Nossos especialistas trouxeram essa má conduta à luz. Agora nós nos veremos nos tribunais”, disse a VZBV. “Seja Facebook, Google, Amazon ou agora o WhatsApp, nós vamos atrás das violações.”
As regras do WhatsApp para os dados desencadearam uma série de preocupações nos órgãos reguladores europeus. A comissária de concorrência do bloco, Margrethe Vestager, atualmente está investigando o Facebook, cuja empresa tem sede em Menlo Park, na Califórnia, EUA, pelo possível fornecimento de “informações incorretas ou enganosas” a respeito de como planejava utilizar os dados dos clientes quando pediu aprovação para aquisição do WhatsApp. O órgão regulador antimonopolista alemão também está investigando a questão da transferência de dados.
O WhatsApp informou, em comunicado enviado por e-mail, que sua política de privacidade e atualizações de termos cumprem a lei e dão aos usuários uma explicação clara e simples a respeito do funcionamento do serviço, possibilitando que escolham a forma de usar os dados.
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