Por Josue Leonel.
O Senado já conta com os votos para aprovar a reforma da Previdência, informa o Estado. Segundo pesquisa citada pelo jornal, 53 votos já estariam garantidos. O governo, contudo, conta com vitória ainda mais folgada, com 64 votos, diz o jornal.
Votos no Senado
Reforma da Previdência já tem os votos necessários para ser aprovada no Senado, disse Estado no sábado. Placar da Previdência aponta 53 votos favoráveis ao texto, acima do mínimo de 49 para mudanças na Constituição. 13 são contra e outros 15 não responderam, são indecisos ou não votam. Antes de ir a plenário, a proposta precisa do aval da CCJ da Casa; o relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), prometeu entregar o parecer em até três semanas. Segundo apurou o Estado, a equipe econômica conta com 64 votos de um total de 81 senadores
Críticas de Tasso
Quanto mais calado Bolsonaro ficar, mais fácil se aprova a Previdência, diz à Folha o relator da reforma. Segundo o Tasso, a relação do governo com o Congresso é horrorosa. Mas ele também sinaliza que os ruídos causados por Bolsonaro não devem impedir a aprovação da mudança nas aposentadorias, pois a articulação deve ser feita pelas lideranças do próprio Senado, assim como ocorreu na Câmara. Para Tasso, Estados e municípios serão o coração da PEC paralela da Previdência e o retorno do regime de capitalização também pode ser discutido.
Eleições
Núcleo de ministros de confiança do presidente Jair Bolsonaro tem trabalhado no planejamento de medidas que antecipam as disputas nas eleições municipais do próximo ano, bem como uma possível campanha à reeleição em 2022, informa o Estado. Sem baixar o discurso de polarização, o foco agora passa por ações mais identificadas com a velha política, como viagens cada vez mais frequentes a regiões do País hoje administradas pela oposição, participação em programas populares de TV e liberação de mais emendas a prefeituras, em um gesto de aproximação com congressistas.
Protestos
O monitoramento das adesões aos novos protestos contra cortes na educação animou organizadores dos atos marcados para esta terça, informa o Painel da Folha. Além de professores e alunos, que estão deliberando o assunto em assembleias nos diretórios acadêmicos, a mobilização teria sido reforçada por artistas. Frases polêmicas ditas pelo presidente, como ao coronel homenagem a Carlos Alberto Brilhante Ustra, serão exploradas. No Rio, cartazes vão opor a imagem do torturador à de Marielle Franco, diz a Folha.